A ansiedade é um tema central na psicanálise, e o trabalho com esse fenômeno busca compreender suas raízes profundas, muitas vezes relacionadas a conflitos inconscientes, experiências passadas e mecanismos de defesa.
Na psicanálise, a ansiedade é vista não apenas como um sintoma, mas como um sinal de conflitos internos não resolvidos. Freud, o fundador da psicanálise, descreveu a ansiedade como uma resposta do ego a uma ameaça, que pode ser externa ou interna, e que indica um desequilíbrio entre os impulsos do id (desejos inconscientes) e as restrições do superego (normas e valores internalizados). Quando o ego não consegue lidar adequadamente com essas tensões, a ansiedade surge.
A psicanálise tem como objetivo explorar esses conflitos subjacentes, muitas vezes relacionados a experiências da infância ou traumas emocionais, para que o paciente possa tomar consciência deles e, assim, reduzir a ansiedade. Por meio da livre associação, da interpretação de sonhos e do trabalho com transferências e resistências, o analista ajuda o paciente a compreender os processos inconscientes que geram ansiedade.
Além disso, a psicanálise também observa como os mecanismos de defesa, como a repressão, a negação ou a projeção, podem aumentar a ansiedade ao impedir o acesso a essas questões inconscientes, bloqueando a resolução dos conflitos internos. Durante o processo terapêutico, o paciente começa a lidar de forma mais saudável com esses conflitos, o que, com o tempo, pode diminuir a intensidade da ansiedade.
Em resumo, na psicanálise, a ansiedade é compreendida como um sinal de desequilíbrio psíquico, frequentemente ligado a conflitos internos não resolvidos, e o trabalho terapêutico visa promover a conscientização desses conflitos para que o paciente possa encontrar formas mais adaptativas de lidar com suas emoções e viver de maneira mais equilibrada.